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Mulher e mãe:Solteira
25 de fevereiro de 2017
  


   Bem, moro na casa da minha mãe há um ano. Voltei pra cá por conta da faculdade, porque pagar aluguel e faculdade não dá. E também porque minha mãe fica com minha baby à noite, enquanto estou estudando. Chego tarde e tals. 


      E é sobre isso que vim falar. Sobre não morar na própria casa.
Me sinto um peixe fora d'água, sabe? Mesmo sendo na casa da minha mãe. Já saí e voltei tantas vezes, que parece que estou morando de favor na casa de estranhos. Meu irmão mais novo mora na casa também e como ele nunca saiu de casa, acho que ele mora no lugar certo, está de casamento marcado e sempre foi um bom filho. Eu não. Sempre fui a ovelhinha negra. A única a gostar de baladas, de namorar, não engolir desaforo, etc. O gênio forte e difícil. Por isso, gosto do meu canto. Ali posso ser quem eu sou. Limpo na hora que tiver que limpar, saio, volto, ligo rádio alto, faço faxina, mudo os móveis de lugar. E aqui é diferente. As coisas são do jeito da minha mãe. Se tiro do lugar e coloco num lugar que acho melhor, dali a dois minutos já voltou pro lugar de origem. Aí desisto.
     A nossa convivência não é nada fácil hoje em dia. Minha mãe parece estar ficando mais ranzinha e teimosa e eu também. Daí já dá pra saber que isso não vem com a idade e, sim, com os acontecimentos.
     Um dos nossos problemas maiores de convivência, é em relação à criação da minha filha. Eu quero uma coisa; ela outra. Eu penso de uma forma; ela de outra. E eu defendo meu ponto de vista com unhas e dentes e ela também. Isso faz com que minha filha obedeça ao que mais lhe for conveniente. E é claro que sempre é a avó que lhe agrada mais. “Criação de vó”, sempre aliviando a barra. A mãe que sempre briga muito, a mãe que impõe limites, a mãe que sempre é a mais rígida. Isso no nosso caso, né? Onde o pai é ausente ou inexistente. Porque a diferença que vejo quando a criança é criada por mãe e pai é gritante. E confesso que vejo o quanto a criação da minha filha é deficiente com essa falta. Me cansa, me sobrecarrega física e emocionalmente. Dar conta de ser mãe e mulher, com seus papéis sociais, já é muito difícil pra mim. Ser mãe e fazer papel de pai, é ainda pior.
     Enfim. A vida é feita de escolhas ou a falta delas. Tem horas que ficamos “encalacrados”, encurralados, e não temos muita escolha, a não ser fazer o que é certo. E o que é certo agora é eu tentar ser alguém profissionalmente, já que priorizei outras coisas na adolescência. São escolhas e consequências. A vida é essa.
8 de fevereiro de 2017
"Você, linda, cheia de amigas, curtindo todas as baladas: sexta à noite um happy hour depois do trabalho, sábado feijoada com samba no almoço, esticando para noite e domingo cinema. Sempre, claro, rodeada de amigas. Seu telefone não para de tocar, sua caixa de e-mail está sempre cheia de mensagens de baladas, programas, jantares, encontros. Amigas, amigas, amigas e amigos.

Quem aí já passou por tudo isso? Levanta a mão.

Certo, aí você se casa e tem um bebê. Ou, nem se casa, mas tem um bebê. Pronto, solidão! Essa cena aí de cima, que era tão comum, simplesmente não existe mais. Seu telefone não toca nunca mais, as amigas de antes desaparecem. Sim, assim, passe de mágicas, de-sa-pa-re-cem. Não há mais baladas, não há mais jantarzinhos, não há mais colo de amiga. Até aquelas, mais próximas, demoram meses para conhecer seu bebê.

Agora, seu mundo é outro. Sua realidade foi alterada. Suas noites não são mais passadas em claro dançando na balada. Agora, você baila no quarto do bebê com ele no colo. Seus almoços não são mais regados à dry martini, mas à muita mamadeira e suquinho natural. Suas noites de festa são nos buffets infantis e não mais nos bares de antes.


 Suas prioridades mudaram e agora outros pontos são importantes para você. Não, isso não é uma reclamação, apenas uma constatação. E, apesar de você se sentir a mais feliz e realizada das pessoas por ter se tornado mãe, você sente falta das suas amigas. Sim, muita falta. Sente saudade, quer colo, gostaria de falar sobre outras coisas que não assuntos maternos, quer dar uma voltinha, mesmo que seja no intervalo entre uma mamada e outra.

Eu passei por isso e, muito provavelmente, você também passou. É natural! Nossa vida muda e nem todos têm a percepção de que o que é importante para nós também possa ser compartilhado. Talvez, para aquela amiga que o importante são as baladas do fim de semana, a academia de todas as noites e o salão de cabeleireiro do sábado à tarde, não faça o menor sentido perder tempo indo à festinha de 1 ano de seu filho, no tão concorrido sabadão. O que é importante para você não faz o menor sentido para ela.

Mas, olhem gente. Isso dói, dói sim. Você se pergunta porque tanta distância, mas depois de muito sofrer eu percebo que isso é natural e faz parte da vida da gente sempre. É tudo muito cíclico. As pessoas mudam, os ciclos se renovam, novas amizades vêm e outras vão. O mundo é circular e os nossos relacionamentos também.

E, se olhar bem profundamente, pode ser que ainda tenham sobrado aquelas que - talvez nem tão perto - mas sempre estarão ali por você. Sim, existe, olhe com atenção! 

E o meu recado hoje é esse, que a gente consiga entender - apesar da dor e da saudade - que a vida é circular mesmo e que pessoas vêm e vão. Quantas novas amizades você não fez depois da maternidade? Só por estarmos aqui já é uma prova! E se olhar bem no fundinho, vai encontrar aquelas que ainda estão ali, prontas para te segurar em qualquer tropeço.

Conte pra mim suas experiências com as amizades. Elas mudaram muito? Fez novas? Compartilhe! 

Um beijo."

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Aos 34 anos, sagitariana com ascendente em capricórnio (discordo, mas fazer o quê?!), do Rio de Janeiro (com louca vontade de morar num lugar tranquilo), estudante de psicologia (mas cheia de problemas de cabeça. rsrrsrsrs), mãe e pai da pequena Bia, de 5 anos. E esse blog fala da nossa trajetória, dos meus sentimentos, minhas muitas lamentações, etc.
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